terça-feira, 22 de dezembro de 2009

SAUDADE

No rádio toca uma música que me faz chorar
Por que me faz lembrar você
Porque você se foi?
Será que não havia outro caminho a seguir?
Enfim é tarde demais
Mas, mesmo assim quando eu me lembro
Ah! Se eu pudesse voltar atrás
Iria fazer tudo diferente
Eu jamais iria te magoar
Já que não posso voltar atrás
Aqui vão minhas desculpas
Se algum dia eu possa ter te feito chorar
Quando deveria te fazer sorrirSe eu te aborreci
Quando era pra ser só alegria
Mas infelizmente a gente só dá valor quando perde
Por isso chorei
Mas, de que valeram as minhas lágrimas se elas não te trouxeram de volta
Nem sequer impediram sua ida?
Mesmo assim você ainda está guardado em mim
Sempre vai estar
Porque foi você me deu seu ombro amigo
Quando precisoFoi você que me deu alegria
Principalmente quando o choro apertava minha garganta
Mas, hoje você é o motivo de minhas lágrimas
Não de tristeza...
Sim de saudade

Carla Freitas Pinto

sábado, 26 de setembro de 2009

SOBRE A VÍRGULA

Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere.

Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.

Pode criar heróis...
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber..
Não, queremos saber.

A vírgula pode condenar ou salvar.
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!

Uma vírgula muda tudo.
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.

Detalhes Adicionais
SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.

Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER !!!!!!! Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM


Fonte: site da ABI

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

O MOTIVO DA PAIXÃO

Escrevo porque pensar não me é suficiente
Porque ainda acredito nos meus próprios sonhos
Mesmo que tentem matá-lo o tempo todo.

Acredito na minha própria sabedoria
Mesmo que ela não me ajude em nada a ser feliz

Acredito no mundo,
mesmo que o mundo sejamos nós,
com a nossa interminável ganância.

Acredito na inocência
quando o telejornal me fala de mim,
Assassino cruel de 10 anos de idade.

Ainda acredito na justiça,
mesmo sabendo que algumas pessoas,
encham suas banheiras com perfume francês,
e outras, morram de fome.

Acredito no amor,
mesmo com o coração cheios de emendas.

Acredito em verdade,
mesmo sendo enganada o tempo todo.

Acredito na minha própria fé,
quando todos me dizem que não tem mais jeito.

Escrevo porque acredito que a arte pode mudar o mundo,
porque a arte move pensamentos,
movidos por pessoas que transformem o mundo de fato.
Façamos arte, façamos mudança.

Nathali Macedo Costa – 91M1
1º lugar no TAL

OUTRA POESIA

terça-feira, 18 de agosto de 2009

GRÊMIO NO MODELO


Hoje tive o prazer de testemunhar os alunos se articulando numa reunião em torno da idéia de criar um Grêmio Estudantil no colégio. Em tempo de ceticismo político, esta é uma iniciativa louvável que reforça ainda mais minha convicção de que nem tudo está perdido.

Foi contagiante ver a obstinação daquele grupo de alunos que calorosamente discutiam uma densa pauta onde buscava esclarecer entre outras coisas: o que é, para que serve, como funciona um Grêmio Estudantil. Aqueles que ainda confundem essa entidade com time de futebol perderam um excelente debate.

Foram convidados para esta reunião todos os líderes, seus vices bem como demais interessados. A iniciativa propriamente dita partiu do jovem Urias que, segundo o mesmo, cansado de vivenciar “certas situações” resolveu fundar o GE com o intuito de não apenas cobrar direitos mais também colaborar no funcionamento do Colégio." Afinal – disse ele – o corpo discente tem muita importância na comunidade escolar e é preciso ter vez e voz nas decisões a serem tomadas".

A Direção tem muito interesse que essa idéia vingue, pois entende que o Grêmio seja uma incubadora de lideranças que no futuro poderão livrar o país das excrescências que ora presenciamos no Senado. Os professores também estão dispostos a colaborar no que for possível. De maneira geral, todos estão otimistas e apostam na “qualidade” da futura entidade.

A reunião encerrou com todos bastante entusiasmados e conscientes do desafio que terão pela frente: conscientizar o restante dos alunos para a necessidade de convocar uma Assembléia Geral com a finalidade de se instituir o Grêmio. Assim, foi marcada uma Reunião Ampliada para o dia 25/08 (terça-feira, Sala de Artes, 19:00h) onde serão elaboradas estratégias de trabalho com esse fim.
Prof. Gilvan Barbosa

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

E AS FLORES COMEÇARAM A BROTAR...


Um dos temas abordados na segunda 2ª em Sociologia foi a educação. Utilizamos dois textos "pinçados" na internet (link abaixo) cujas argumentações estão presas ao ponto dos professores (autores). Assim, acabei desconstruindo a redação do texto explicitanto as técnicas utilizadas nas argumentações. Discutimos bastante a cerca do tema e na sequência solicitei um posionamento (escrito) de cada um.

Parece que a velha fòrmula (introdução, desenvolvimento e conclusão) finalmente começou a dar certo. Segue uma das produções.


EDUCAÇÃO

Educação, junção de duas palavras: educar e ação. Ou seja, ação de educar. Uma palavra forte, mas que tem perdido seu sentido ao longo do tempo, por causa da desorganização, do descaso para com o professore também com os alunos.

Houve um tempo em que a educação era prioridade, as pessoas estudavam querendo ser alguém, um médico, um advogado, até mesmo um professor. Mas hoje em dia estudam porque têm que estudar e pronto.

Má remuneração, greves, agressões em sala de aula, professores que ficam batendo papo no corredor em seu horário de aula e alunos que vão ao colégio só para bagunçar. Isso tem contribuído para a “violência” do ensino. Os professores se dedicam durante quatro anos e não são reconhecidos pela sociedade, tendo que viver com salário baixo e uma incrível rotina de aula – isso quando não tem que trabalhar em mais de uma escola para ganha um pouco mais.

Creio que já esta mais que na hora de reconhecermos que ensinar é uma arte e para aqueles professores que se dedicam mesmo, que amam a sua profissão, temos que respeita-los porque eles são heróis. Convivendo com pessoas diferentes, tendo que ouvir de tudo de alunos descompromissados e de pais que se acham no direito de humilhar. Só sendo de ferro para agüentar.

Se os governantes dessem a atenção devida, a educação hoje seria bem melhor e todos, tanto alunos quantos professores, teriam mais prazer de ir ao colégio.

Resumindo, falta respeito dos governantes, da sociedade em geral, dos pais, dos professores, dos alunos... quando aprendermos realmente o sentido da palavra educação como um todo, então estaremos prontos para ser alguém na sociedade.

Aluna: Jandiara B. Oliveira
Turma: 91N2

TEXTOS TRABALHADOS

1. Carta Aberta à Futura Secretária de Educação do Rio de Janeiro
http://pelenegra.blogspot.com/2009/01/carta-aberta-futura-secretria-de-educao.

2. Profissionalismo: para que ensinar se o professor não vale nada?
http://www.construirnoticias.com.br/asp/materia.asp?id=1066

VÍDEOS RELACIONADOS



EDUCAÇÃO E VIOLÊNCIA


EDUCAÇÃO E RACISMO


QUALIDADE DA EDUCAÇÃO

Prof. Gilvan Barbosa






segunda-feira, 10 de agosto de 2009

UMA LUZ NO FUNDO SALA


NEM TUDO ESTÁ PERDIDO

Na última quinta feira não pude dar aula devido a repetina falta de luz no primeiro horário. Havia apenas três alunos na sala (91N3), no momento do apagão chegaram mais três. Tivemos ainda quase 15 minutos de aula, a luz de celular, na esperança do restabelecimento da energia.

Um detalhe: o uso de celular é proibido emsala de aula. Ai então eu me liguei: não dá pra dizer que “esses caras não querem nada”...

Foi nessa mesma turma (91N3) que descobri uma pérola (texto) quando corrigia a avaliação de Sociologia (2ª unidade). A questão foi elaborada a partir das teorias de Max Weber que havíamos trabalhado:

Questão: Relacione burocracia, estrutura hierárquica e corrupção.

Resposta:

A burocracia é apontada como a principal vilã para o não crescimento do Brasil. Além disso, temos o problema da sociedade hierarquizada, onde que tem mais dinheiro manda mais e é mais favorecido. A partir daí começa também a corrupção.

A burocracia foi criada para ajudar mas hoje se tornou um problema. É muito documento para pouca coisa. Muitos tramites legais. E é ai que também entra os ilegais, a questão da hierarquia e da corrupção.

Quem tem mais dinheiro ou é parente de senador passa por cima da burocracia, abre empresa de fachada só pra lavar dinheiro, vai trabalhar na Câmara sem fazer concurso, leva a família para conhecer a Europa e diz que tá pouco se lixando com a opinião pública.


Aluno: Adilton Pinheiro dos Santos


Automaticamente relacionei essa resposta com o vídeo abaixo

´


E VOCÊ? O QUE ACHA DISSO TUDO,HEIM...?

Prof. Gilvan Barbosa


domingo, 9 de agosto de 2009

JUVENTUDE TODA PERDIDA...


ESTA HISTÓRIA É BASEADA EM FATOS REAIS

Logo após o recesso junino tivemos apenas uma semana de aulas para revisar os conteúdos para as duas próximas Semanas de Avaliações. Passei esse tempo em stand by, pois praticamente não houve aulas. Mas isso foi bom, porque tive tempo de preparar um material de “lenhar” para as aulas de Sociologia.

Dando continuidade à segunda unidade os temas das próximas aulas seriam: juventude, educação e racismo. Consegui um material legal que, de forma lúdica, daria conta de tudo em no máximo quatro aulas, com direito a produção de texto e tudo mais.

Escolhi duas músicas, um poema e um vídeo (curta de 5 min.), a saber: Traumas (Edson Gomes), Quadro Negro (Simples Rap’ortagem) , Faveláfrica (A Família), Violentamernte Pacifico (Gabriel Texeira).

O objetivo era fazer os alunos analisar e refletir acerca de sua condição juvenil na sociedade atual a partir da forma negativa que Edson Gomes retrata a juventude.

A metodologia consistia em, a partir dos contextos sócio-históricos apresentados em “Quadro negro” e “Faveláfrica”, munir os alunos de argumentos para que os mesmos pudessem expressar claramente seus pontos de vista, melhorando paralelamente, suas produções textuais que seria posteriormente compara com o ponto de vista de Ras MC Léo Carlos (vídeo).

Confesso que não sou adepto do Hip-Hop, pois o julgo um movimento muito americanizado - gosto mais de reggae. Entretanto as obras em questão dispensam qualquer comentário (confira nos links). Por ser um movimento jovem, composto por jovens, falando para jovens, achei que estava “bombando”...

Na minha santa inocência, imaginei que meus alunos compreenderiam que, diferente do quadro pintado por Edson Gomes, o jovem não é um alienado, prostituido, drogado... Ele tem opiniões, reivindicações e propostas coerentes. A prática mostrou-me o contrário. Não era bem assim... E isso é preocupante.

O FATO

No dia 29 de julho coloquei o plano em prática na turma 90V5. Discuti, contextualizei o conteúdo durante duas aulas. Depois combinamos que na aula seguinte eles ouviriam a poesia Faveláfrica e fariam, como já disse, uma análise escrita (em grupo) da música Traumas.

Uma semana depois... Ao entrar na sala, acompanhado por Profª Marlene que resolvera prestigiar nosso trabalho, fui cumprimentado por um aluno nos seguintes termos:

- Professor, o senhor ainda vai continuar falando dos ne-gros, vai?!

A pergunta não soou bem, pois veio acompanhada de uma expressão facial de enjoou. Eu bem sabia o que estava por trás daquela pergunta, mas dei continuidade ao que foi planejado. Executei a poesia que havia copiado (CD) na véspera, depois perguntei se eles precisavam de algum esclarecimento ou se já poderíamos passar para a música Traumas.

Ninguém disse nada...

Como os conheço bem, provoquei:

- Vocês entenderam em que sentido os baianos Rui Barbosa e Milton Santos são citados no poema?

Mais uma vez ninguém disse nada...

Então resolvi contextualizar aquela obra também. Nesse meio tempo, outro aluno lançou-me uma perguntou em alto e bom som:

- Professor, por que em suas aulas o senhor “só” fala de ne-gros?!

Professora Marlene abriu a boca e regalou os olhos. Eu, surpreso com aquela pergunta, pensei e respondi:

- Bem... Pelo que me consta, essa é “apenas” a segunda vez discuto a questão racial com vocês. E dentro do contexto dos problemas sociais brasileiros, junto com o tema juventude e educação... Não é mesmo?

Todos ficaram calados aparentemente surpresos com minha observação. Então aquele primeiro aluno acudiu:

- Sabe o que é professor...?

- Sei sim... Esse tema incomoda vocês, não é?

- Olhe professor... Não vou menti... Me incomoda mesmo. Eu não sei o porquê, mas incomoda. Talvez sejam as coisas, o modo, que o senhor fala... Não sei, não...

A sinceridade dele me comoveu... o resto, dali em diante, foram apenas lucubrações. O vídeo!? nem pensar... O sinal tocou, a atividade solicitada não ficou pronta e a discussão ficou inacabada...

Antes de sair da sala, porém, passei para eles o endereço deste blog. Sinceramente espero que eles acessem, leiam, reflitam e participem. Mas ainda resta uma pergunta no ar...

POR QUE SERÁ QUE ESSE TEMA INCOMODA TANTO???
Prof. Gilvan Barbosa
TRAUMAS
Edson Gomes

O amor foi a pedra que faltou no alicerce da nação
Esse amor és a pedra que sobrou nessa nossa construção
E o amor que os cantores cantam
Não junta a família
Não soma,não junta a família
Filhos e filhas contraindo traumas
Sexo e drogas, fama e dinheiro
Assunto principal
Sexo e drogas, fama e dinheiro
Notícias do jornal
Juventude toda perdida
Uma juventude mal dirigida
E mesmo protegido pela polícia
Nós não estamos livres da violência
A juventude toda perdida
Uma juventude mal concebida
Mesmo protegidos pela polícia
Nós não estamos livres da violência
Que não soma, nem junta uma família
Não soma, não junta, a família...

CONFIRA OS TEXTOS


FAVELÁFRICA
http://vagalume.uol.com.br/a-familia/favelafrica.html
QUADRO NEGRO
http://simplesrap.multiply.com/journal/item/2/2



ASSISTA AO VÍDEO




VIOLENTAMENTE PACIFICO...
...Se lhe incomodar, comente.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

UMA QUESTÃO DE LÓGICA OU A ARTE DE OUVIR TUDO E NÃO ENTENDER NADA


Essa história não faz parte das minhas vivências, na verdade trata-se de um chiste que um amigo me contou há muito tempo atrás. Meu mesmo só é o jeito de contar. Confesso que na ocasião não achei muita graça. Talvez devido à falta de habilidade do narrador, por está mal humorado ou por outro motivo qualquer. No entanto faço questão de aqui reproduzir aquele “texto” com o intuito de ressaltar que nem sempre aquilo que falamos é exatamente o que nossos interlocutores compreendem. Ou, dito de outra forma, nem sempre aquilo que escutamos é exatamente aquilo que nos disseram.
Antes, ainda queria lembrar que quem conta um conto...
Certa vez que um intelectual estava num banco da praça concentrado lendo um livro quando fora abordado por um curioso:
- Bom dia, senhor!
Sem tirar os olhos do livro e sem demonstra a menor vontade de interromper sua leitura, o intelectual responde:
- Bom dia, amigo!
- Tá quente, né?
- Tá.
- E você tá lendo, né?
- É.
- Lendo o que?
- Um livro.
- Isso eu estou vendo... Mas livro S-O-U-BRE o quê?
Impaciente, o intelectual marca e fecha o livro, fecha os olhos e respira fundo (sonoramente fundo), vira-se para seu interlocutor pronto para explodir...
- Olha aqui meu amigo...
- Sim...
Naqueles segundos que antecederam a explosão o intelectual olhou profundamente nos olhos do curioso e de repente, como um passe de mágica sua ira desapareceu. Ele observou no seu rosto daquela criatura a pureza, a curiosidade genuína de uma criança que ainda não havia superado a fase do porquê. Desfez a posição de ataque passou a mão na testa e disse:
- Bem... eh... Veja bem meu filho... eh... Peste a atenção...
- Sim...
- Esse é um livro sobre Lógica.
- Lógica!? Como assim? O que é Lógica?
- Lógica é lógica, meu filho... Entendeu?
- Não.
- Ai, ai, ai... Preste a atenção...
- Sim, pode dizer.
- Você tem um aquário em casa?
- Tenho.
- Então: se você tem um aquário em casa lo-gi-ca-mente você também tem peixinhos em casa.
- É verdade. No meu aquário tem peixinhos...
- E então? Entendeu?
- Não...
O intelectual respira fundo novamente.
- Veja bem: você tem aquário com peixinhos em casa, isso que dizer que provavelmente você tem crianças em casa. Não tem?
- É... Tenho... e daí?
- Então meu filho, esta é uma dedução ló-g-ica. Entendeu?
- Deixe-me ver... huuuuum... Não, não entendi nadinha.
Já penalizado, ao mesmo tempo que irritado com a burrice de seu interlocutor, o intelectual tenta novamente com um argumento mais contundente:
- Huum... Veja: se você tem um aquário com peixinhos é porque tem filhos e se você tem filhos isso quer dizer que lo-gi-ca-men-te [gritando] você não é homossexual, entendeu agora?
- Aaah! Agora entendi...
No outro o curioso compra um livro sobre Lógica e senta-se no mesmo lugar (e na mesma posição) que encontro o intelectual naquela praça. Logo chega um “outro” curioso é pergunta: - Esse livro que você tá lendo é sobre o quê?
- Esse é um livro sobre Lógica.
- Lógica!!!!! Que diabo é isso?
Com ar de intelectual, o primeiro curioso vira-se para o segundo e pergunta:
- Meu filho, você tem um aquário em casa?
- Aquário!? Não... não tenho não!
- Então você é homossexual, entendeu agora?

Prof. Gilvan Barbosa

segunda-feira, 27 de julho de 2009

A CAPACIDADE DE FAZER LEITURAS







Certa vez, não lembro exatamente quando... Só sei que era uma manhã de maio deste ano, uma terça ou quinta-feira que são os dias em que normalmente “atendo” na Pestalozzi... ocorreu um fato, bobo até, que me chamou à atenção para a capacidade de se fazer leituras.

Na Pestalozzi a terminologia clínica às vezes se confunde com a pedagógica, daí vem o hábito de se dizer “atender” ao invés de se dizer “dar aulas” ou simplesmente ensinar. Outro detalhe: lá, alunos “comprometidos” são aqueles que, devido as suas “deficiências”, sentem muitas dificuldades em realizar algumas (ou muitas) das atividades pedagógicas propostas.

Na escola dita “regular” o termo “comprometido” expressa quase o contrário: comprometidos são aqueles que, a despeito de todas as dificuldades e “limitações”, buscam o saber; são os que tentam transformar informações em “conhecimento” e que na maioria das vezes – graças a Deus – conseguem.

Mas voltemos ao fato a que me reportava inicialmente... Naquele dia cheguei uns minutos atrasado e logo me dirigir ao Naso/Funcional que é setor que acolhe as crianças com maior grau de comprometimento psico-motor. então deparei-me com uma criança tentado se equilibrar ao mesmo tempo que tropeçava. Observei que o motivo dos tropeços era os enormes cadarços desamarrados.

Fui ao seu socorro e então pensei: se apenas amarrasse o cadarço de novo não estaria resolvendo problema pois, devido o seu tamanho, certamente ela voltaria a tropeçar. Depois pensei em cortá-los o que, dependendo da mãe, só iria me dar dor de cabeça. Por fim, resolvi tirá-los e recolocá-los de modo que ficassem com as pontas mais curtas. E assim foi feito.

A dona do tênis ficou contentíssima com o trabalho que, modéstia à parte, de fato estava lindo! E quando tentava calça-la novamente senti que alguém me puxava pela camisa. Virei-me e para minha surpresa deparei-me com outra aluna extremamente “comprometida”, portadora de autismo, com um dos tênis na mão estendo-o em minha direção.

Aquele gesto aparentemente insignificante comoveu-me bastante. Pois com aquela atitude, aquela “pessoinha” por um instante saiu do seu isolamento para entrar no nosso mundo.
E o que possibilitou essa passagem? A capacidade de fazer leituras.

Naquele momento, ela, pessoa humana, embora sem palavras, resolveu falar. Ela queria deixar claro que estava ali e que tinha uma opinião a expressar:

“ O tênis da minha colega está bonito e eu quero que o meu fique igual”.

Pois é, a capacidade de se fazer leitura obrigatoriamente nos leva a uma reflexão e a uma mudança de postura. E o legal disso tudo é saber que neste mundo tudo é passível de leituras – ainda que algumas sejam equivocadas e/ou condenáveis.

Usemos, pois, todos os nossos sentidos para ler, refletir, argumentar, escrever e agir...

Prof. Gilvan Barbosa


sexta-feira, 17 de julho de 2009

AOS VIAJORES DO CIBER-ESPAÇO....

SEJAM TODOS BEM VINDOS AO NOSSO NOVO LAR!

Este blog é uma iniciativa do Curso Paralelode Redação do Colégio Modelo Luis Eduardo Magalhães (Alagoinhas-Ba) que começou no último dia 10 e pretende ser um espaço para a divulgação das produções literarias dos professores e dos alunos envolvidos no Projeto. Em breve seus olhos poderão se deliciar com textos produzidos dentro dos mais variados estilos e tendências.

Agora é só esperar para ver...

Os interessados em conhecer nosso projeto pode entrar en contato com a secretária do Colégio pelo telefone (75) 3421-4071.Os interessados em anunciar ou "linkar" qualquer "troço" entre em contato com prof. Gilvan Barbosa pelo e-mail: vangilvan@gmail.com