Essa história não faz parte das minhas vivências, na verdade trata-se de um chiste que um amigo me contou há muito tempo atrás. Meu mesmo só é o jeito de contar. Confesso que na ocasião não achei muita graça. Talvez devido à falta de habilidade do narrador, por está mal humorado ou por outro motivo qualquer. No entanto faço questão de aqui reproduzir aquele “texto” com o intuito de ressaltar que nem sempre aquilo que falamos é exatamente o que nossos interlocutores compreendem. Ou, dito de outra forma, nem sempre aquilo que escutamos é exatamente aquilo que nos disseram.
Antes, ainda queria lembrar que quem conta um conto...
Antes, ainda queria lembrar que quem conta um conto...
Certa vez que um intelectual estava num banco da praça concentrado lendo um livro quando fora abordado por um curioso:
- Bom dia, senhor!
Sem tirar os olhos do livro e sem demonstra a menor vontade de interromper sua leitura, o intelectual responde:
- Bom dia, amigo!
- Tá quente, né?
- Tá.
- E você tá lendo, né?
- É.
- Lendo o que?
- Um livro.
- Isso eu estou vendo... Mas livro S-O-U-BRE o quê?
Impaciente, o intelectual marca e fecha o livro, fecha os olhos e respira fundo (sonoramente fundo), vira-se para seu interlocutor pronto para explodir...
- Olha aqui meu amigo...
- Sim...
Naqueles segundos que antecederam a explosão o intelectual olhou profundamente nos olhos do curioso e de repente, como um passe de mágica sua ira desapareceu. Ele observou no seu rosto daquela criatura a pureza, a curiosidade genuína de uma criança que ainda não havia superado a fase do porquê. Desfez a posição de ataque passou a mão na testa e disse:
- Bem... eh... Veja bem meu filho... eh... Peste a atenção...
- Sim...
- Esse é um livro sobre Lógica.
- Lógica!? Como assim? O que é Lógica?
- Lógica é lógica, meu filho... Entendeu?
- Não.
- Ai, ai, ai... Preste a atenção...
- Sim, pode dizer.
- Você tem um aquário em casa?
- Tenho.
- Então: se você tem um aquário em casa lo-gi-ca-mente você também tem peixinhos em casa.
- É verdade. No meu aquário tem peixinhos...
- E então? Entendeu?
- Não...
O intelectual respira fundo novamente.
- Veja bem: você tem aquário com peixinhos em casa, isso que dizer que provavelmente você tem crianças em casa. Não tem?
- É... Tenho... e daí?
- Então meu filho, esta é uma dedução ló-g-ica. Entendeu?
- Deixe-me ver... huuuuum... Não, não entendi nadinha.
Já penalizado, ao mesmo tempo que irritado com a burrice de seu interlocutor, o intelectual tenta novamente com um argumento mais contundente:
- Huum... Veja: se você tem um aquário com peixinhos é porque tem filhos e se você tem filhos isso quer dizer que lo-gi-ca-men-te [gritando] você não é homossexual, entendeu agora?
- Aaah! Agora entendi...
- Bom dia, senhor!
Sem tirar os olhos do livro e sem demonstra a menor vontade de interromper sua leitura, o intelectual responde:
- Bom dia, amigo!
- Tá quente, né?
- Tá.
- E você tá lendo, né?
- É.
- Lendo o que?
- Um livro.
- Isso eu estou vendo... Mas livro S-O-U-BRE o quê?
Impaciente, o intelectual marca e fecha o livro, fecha os olhos e respira fundo (sonoramente fundo), vira-se para seu interlocutor pronto para explodir...
- Olha aqui meu amigo...
- Sim...
Naqueles segundos que antecederam a explosão o intelectual olhou profundamente nos olhos do curioso e de repente, como um passe de mágica sua ira desapareceu. Ele observou no seu rosto daquela criatura a pureza, a curiosidade genuína de uma criança que ainda não havia superado a fase do porquê. Desfez a posição de ataque passou a mão na testa e disse:
- Bem... eh... Veja bem meu filho... eh... Peste a atenção...
- Sim...
- Esse é um livro sobre Lógica.
- Lógica!? Como assim? O que é Lógica?
- Lógica é lógica, meu filho... Entendeu?
- Não.
- Ai, ai, ai... Preste a atenção...
- Sim, pode dizer.
- Você tem um aquário em casa?
- Tenho.
- Então: se você tem um aquário em casa lo-gi-ca-mente você também tem peixinhos em casa.
- É verdade. No meu aquário tem peixinhos...
- E então? Entendeu?
- Não...
O intelectual respira fundo novamente.
- Veja bem: você tem aquário com peixinhos em casa, isso que dizer que provavelmente você tem crianças em casa. Não tem?
- É... Tenho... e daí?
- Então meu filho, esta é uma dedução ló-g-ica. Entendeu?
- Deixe-me ver... huuuuum... Não, não entendi nadinha.
Já penalizado, ao mesmo tempo que irritado com a burrice de seu interlocutor, o intelectual tenta novamente com um argumento mais contundente:
- Huum... Veja: se você tem um aquário com peixinhos é porque tem filhos e se você tem filhos isso quer dizer que lo-gi-ca-men-te [gritando] você não é homossexual, entendeu agora?
- Aaah! Agora entendi...
No outro o curioso compra um livro sobre Lógica e senta-se no mesmo lugar (e na mesma posição) que encontro o intelectual naquela praça. Logo chega um “outro” curioso é pergunta: - Esse livro que você tá lendo é sobre o quê?
- Esse é um livro sobre Lógica.
- Lógica!!!!! Que diabo é isso?
Com ar de intelectual, o primeiro curioso vira-se para o segundo e pergunta:
- Meu filho, você tem um aquário em casa?
- Aquário!? Não... não tenho não!
- Então você é homossexual, entendeu agora?
- Esse é um livro sobre Lógica.
- Lógica!!!!! Que diabo é isso?
Com ar de intelectual, o primeiro curioso vira-se para o segundo e pergunta:
- Meu filho, você tem um aquário em casa?
- Aquário!? Não... não tenho não!
- Então você é homossexual, entendeu agora?
Prof. Gilvan Barbosa